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Comércio de Alto Araguaia espera aumento nas vendas com chegada do 13º salário


Final de ano é sempre igual. Conforme o mês de dezembro se aproxima, começam os preparativos para o Natal e o Ano Novo. Cresce também a procura por presentes, artigos natalinos de decoração e por alimentos típicos dessa época que não podem faltar. Para atender a demanda dessa época do ano, o comércio já reforçou seus estoques e prepara várias ofertas para fisgar o consumidor que planeja como vai gastar o 13º salário. Será utilizado para quitar dívidas? Investimentos? Ou para presentear familiares e amigos? A bonificação de final de ano é sempre muito esperada pelos trabalhadores e pelo comércio em geral. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), até dezembro deste ano, estimativas apontam que deverão ser injetados na economia brasileira aproximadamente de R$ 197 bilhões provenientes do pagamento do 13º salário. Desse montante, 8,9% será injetado na região centro-oeste, que compreende os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. Não podemos esquecer que são beneficiados com o 13º salário todas as pessoas que trabalharam de carteira assinada desde dezembro de 2015, aposentados e pensionistas do INSS. Em Alto Araguaia, na região Sul do estado de Mato Grosso, o clima de natal vai chegando de mansinho e já é possível verificar que algumas lojas da região central da cidade estão em clima de natal com decorações e várias promoções de final de ano. A gerente da loja Herliana Presentes, especializada em de artigos de decoração, Maria Erli, revela que este período gera uma grande expectativa de vendas. "Final de ano, temos que ser otimistas por que o cliente percebe, você tem que estar alegre pois quem vem a minha loja é porque está feliz e quer gastar”, explica Erli. A gerente comenta que a criatividade na decoração e a oferta de produtos diferenciados são fortes aliados para atrair clientes e fortalecer as vendas neste período. Já para Maria Gomes, gerente de vendas da loja Peruchi, o movimento ainda está baixo, mas a expectativa é que melhore nas próximas semanas. “Por enquanto está bem fraco, esperamos a primeira parcela do décimo que sai até dia 20 de novembro, onde há uma grande procura para a quitação de débitos com a loja, justamente por causa do pagamento do 13°”, enfatiza a gerente. Para Roberta Madalosso, do Boticário, o 13º salário é importante nessa época do ano, já que é uma tradição do brasileiro fazer compras usando esse salário extra. De acordo com ela, uma das alternativas que a empresa buscou esse ano para driblar a crise foi investir em embalagens especiais. "Um produto bem apresentado em uma bela embalagem atrai o cliente, pois ele passa em frente da vitrine e é "seduzido" a entrar na loja", explica Roberta. Outra medida adota pela empresa para driblar a crise foi a decisão de não contratar novos funcionários neste período, os chamados "freelances". “O otimismo é mantido, mas sempre com o pé na realidade”, completa a gerente. Outro segmento muito atrativo e procurado nesta época do ano é o setor de alimentos. Fabricio Cervo, sócio proprietário da loja de chocolates Cacau Show, revela que a expectativa para 2016 é melhor que a do ano passado e que com a crise as pessoas aprenderam a gastar seu dinheiro de forma mais consciente. De acordo com ele, com a crise os valores de alguns itens da matéria-prima do produto abaixaram, fazendo que com os preços para o consumidor também caíssem. "Estamos contratando novos funcionários pois a demanda no final de ano é muito grande, o 13º salário é fundamental nas vendas de final de ano e faz muita diferença", finaliza Fabricio. Por outro lado, o plano do aposentado João Katsuyama para seu 13º salário é utiliza-lo para fazer uma viagem no final do ano. “Graças a Deus, não tenho conta para pagar e nem muitas pessoas para presentear, então todo final de ano sempre viajo, já trabalhei muito nessa minha vida e agora estou colhendo o fruto desse trabalho”, desabafa João. Já a técnica administrativa Divina Josiane, casada e mãe de duas crianças, prefere utilizar o seu 13º salário gastando uma parte para quitar as dívidas e a outra parte deixar guardado para uma possível emergência. “A gente que é mãe precisa sempre ter um dinheirinho a mais pois nunca sabemos quando um filho pode ficar doente e precisar de hospital e medicamentos”, pondera Divina. Jeyze Carla Carvalho, analista de Recursos Humanos, também vai guardar o dinheiro do 13º em uma poupança e não planeja fazer novas contas. “Pretendo não gastar muito com presentes para família e amigo secreto, não sabemos o que vem por aí ano que vem e por isso quero ser cautelosa com os gastos”, diz preocupada a analista. Mas se você ainda está na dúvida do que fazer com o seu 13° salário vai um conselho de quem entende de finanças pessoais. Lázaro Antônio, funcionário do Banco do Brasil há quase 20 anos, aconselha primeiramente a quitação de dívidas, pois isso evita o aumento de juros e acúmulo de parcelas atrasadas. Depois, fazer uma poupança pois é uma excelente forma de guardar dinheiro, porque possibilita ficar com o dinheiro guardado e gerando juros. “Não gastar o dinheiro com coisas supérfluas já é um ótimo caminho para poupar dinheiro, pois devemos pensar no futuro”, orienta o especialista. Reportagem publicada na 6ª edição do Jornal JÁ - Dezembro de 2016.

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