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Impressoras 3D utilizam plástico, vidro e cimento como matéria prima


A popularização da impressão 3D vem sendo assunto em diversas partes do mundo, mostrando e mudando o conceito de impressão. Porém, ao contrário do que se imagina, essa tecnologia não é tão recente assim. Existem registros de impressões em três dimensões em 1981. Desde então, o novo procedimento vem sendo muito utilizado de forma experimental na fabricação de objetos 3D que podem ser utilizados na solução rápida de problemas em áreas como a medicina e a engenharia civil. Junto com essa nova possibilidade de confecção de um grande número de produtos sem sair de casa, vêm o questionamento: como fica o descarte de todo material produzido a partir dessas impressoras?

Para tentar resolver esse problema, em 2014 um jovem estudante do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) criou um projeto capaz de reciclar lixo e transformar plástico em material sustentável para impressoras 3D. Além de fazer impressão com material reciclado, o estudante Sidhant Pai ajuda os catadores de lixo na cooperativa com quem tem parceria.

Além de Pai, recentemente o grupo Systems Impressoras lançou um novo modelo de impressora que utiliza garrafas pet como matéria prima. Seus cartuchos conseguem utilizar o equivalente a três garrafas pet para criar desde acessórios musicais a itens de decoração sofisticados. Porém ela não imprime apenas objetos pequenos.

Na China uma impressora de 6,7 metros de altura, desenvolvida pela construtora Winsun, usa uma combinação de cimento e fibra de vidro reaproveitados de outras construções para imprimir novas paredes de baixo custo. Para se ter uma ideia, a parede erguida pela impressora custa a metade de uma construção convencional. Essa impressora desenvolvida para o ramo da construção civil pode ser uma alternativa barata e viável para países que sofrem de algum tipo de déficit habitacional, além de ser uma atividade sustentável. Existem outros exemplos da utilização da impressão 3D na construção civil, entre eles estão um prédio de apartamentos com cinco andares, uma mansão com 1.100 metros quadrados e dez casas impressas dentro de 24 horas como a mesma tecnologia.

O fato é que em um futuro próximo as impressoras 3D ficaram mais acessíveis e populares. Além disso, a utilização de material reciclado como matéria prima diminuirá consideravelmente a produção de resíduos em grande escala e o impacto no meio ambiente.

Reportagem publicada na 1ª edição do Jornal JÁ - Maio de 2015.

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