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Infraestrutura da Vila Aeroporto faz do bairro outra cidade dentro de Alto Araguaia


Com estrutura de cidade, o bairro Vila Aeroporto é considerado por muitos, uma outra cidade próxima ao município de Alto Araguaia - MT. No bairro estão localizados a rodoviária, o Fórum, o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Divaes, o DETRAN e o 15ª Batalhão da Polícia Militar.

Além disso, a Vila Aeroporto conta com escolas para nível fundamental e médio, educação infantil, uma quadra e um ginásio de esportes e um clube. O bairro também é atendimento pelo Programa de Saúde Familiar (PSF) e pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET) e pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Na área comercial, a Vila Aeroporto conta com restaurantes, padarias, supermercados, lanches noturnos, sorveterias, lojas, bares e oficinas. A vila possui ainda igrejas, duas praças com parque infantil, academia da saúde, ponto de táxi e moto táxi, além de uma mini recicladora.

Atualmente, está sendo construído no bairro a sede da Câmara Municipal de Vereadores, um PSF e um centro poliesportivo, com piscina, quadra de tênis, academia e campo de futebol. Apesar de funcionar uma agência do Banco Bradesco no bairro, falta a instalação de outras agências bancárias e de lojas de moveis. A comerciante Antônia Feitosa da Conceição, 43 anos, diz que "se não fosse a ausência de agências bancárias, tínhamos tudo que precisamos para não se afastar do bairro".

Entrevistados, vários moradores afirmam que o bom de morar no bairro é que o custo de vida é mais barato, em relação ao centro da cidade e aos outros bairros mais próximos ao centro, que não tem a mesma estrutura que a Vila Aeroporto possui. "O legal de morar aqui é que somos um povo animado, com a gente não tem tempo ruim, somos todos amigos e conhecidos. No bairro tem festa de segunda a segunda, se alguém quiser movimento é só vir para a Vila. Temos show nos bares, danças, farras e festas. Mas, a nossa alegria incomoda muita gente, o ruim é que somos discriminados pela população de Alto Araguaia como um bairro marginal", desabafa a moradora Amanda Silva Pereira Neves, 25 anos.

O bairro é considerado pela população do município um lugar marginalizado, pela ocorrente frequência de brigas, roubos, mortes e também pelo crescimento desordenado. Os moradores reclamam de não terem acostamento no bairro, as ruas são estreitas, não tendo espaço para ciclistas e pedestres andar nas calçadas, os mesmos devem se locomover na ruas o que facilita acidentes por estarem mais próximos ao transito.

Na opinião geral dos moradores, o bairro é um lugar tranquilo e gostoso de morar, a população que reside no local conta que até mesmo no verão escaldante o clima é mais fresco, por ser um local alto, é possível sentir uma brisa suave, principalmente no período da tarde.

Lixo: descaso de uns, sobrevivência de outros

O município de Alto Araguaia não conta com uma política pública de reciclagem de lixo. Para Alessandro José Vilela de Souza, 36 anos, proprietário de uma das recicladoras particulares da cidade, o lixo é considerado matéria-prima para produção de outros produtos. O município conta com duas micro-recicladoras, uma no bairro São Francisco conhecido como Gatelândia e outra na Rua 2, sem número na Vila Aeroporto. Ambas, enfrentam problemas como o espaço para guardarem os produtos recolhidos e a interdição constante pela vigilância sanitária, que diz que o depósito está em lugar inadequado.

Alessandro de Souza, afirma depender da coleta e venda dos materiais para sobreviver. Ele trabalha junto com a família recolhendo ferro, alumínio, plástico, cobre, metal e bateria há mais de quatro anos. O plástico é prensado e vendido para Mineiros (GO), já o alumínio, o ferro, o cobre e o metal são prensados e enviados para São Paulo (SP). O material recolhido para prensagem vem parte do lixão e outra parte é comprada dentro da cidade.

Ele reclama também da falta de espaço, "nos estamos precisando de um espaço adequado para armazenar nossa matéria-prima, porque aqui dentro da cidade incomoda os vizinhos, e os fiscais estão sempre aqui. A prefeitura está providenciando um lote para que a recicladora seja instalada, pois trabalhar com reciclagem dentro da cidade é proibido, procurei essa semana o poder público e eles disseram que as providências estão sendo tomadas, o que nos resta é aguardar", comenta o proprietário.

De acordo com ele, a Prefeitura está providenciando um lote para que a recicladora seja instalada, pois trabalhar com reciclagem dentro da cidade é proibido. Segundo a Vigilância Sanitária do município, está sendo providenciada uma área próxima ao lixão para a instalação das recicladoras.

Reportagem publicada na 2ª edição do Jornal JÁ - Junho de 2015.

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